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A malária é, ainda hoje, uma das doenças que mais vítimas mortais faz, em especial em países subdesenvolvidos, onde os cuidados médicos e a prevenção contra o vírus são escassos.
Contudo, um estudo recente veio mostrar que uma das proteínas da malária consegue destruir uma grande variedade de células cancerígenas, apontando-a como uma possível terapia alternativa à quimio e radio-terapia.
Para compreender como tudo aconteceu, deixamos-lhe uma tradução livre do vídeo acima:
“Proteína da malária mostra potencial como tratamento para o cancro”
«Eu lembro-me claramente, em 2010, quando recebi uma chamada telefónica muito especial, do meu velho amigo Dr. Salanti da Universidade de Copenhaga, e ele basicamente disse-me que tinha encontrado uma proteína no parasita da malária
que podia ligar uma estrutura de açúcares específica, que só é encontrada na placenta. E esta estrutura também se pode encontrar no cancro, então a partir desse momento começámos a pesquisar com base nisso e integrámo-la nos estudos
sobre cancro.
No Vancoucer Prostate Centre e também na BC Cancer Agency, ao fundo da rua, pegámos num linfoma humano e num cancro da próstata humano e num cancro de mama humano e pusémo-los em ratos e tratámos esses ratos com o nosso remédio, que é uma combinação da proteína da malária e de um composto tóxico e o que vimos foi que tínhamos diminuições significativas do crescimento dos tumores em todos os modelos. E nalguns modelos, nos modelos de cancro de próstata mais especificamente, pudémos mesmo eliminar os tumores em 33% dos casos. E isto é algo que raramente vemos.
A terapia habitual usada actualmente para a maioria dos tipos de cancro é quimio-terapia e isto é uma terapia onde basicamente bombardeamos todo o corpo com uma toxina e isso está ligado a efeitos secundários severos, na maior parte dos casos.
O que nós desenvolvemos aqui, como uma potencial nova estratégia, é que podemos atingir directamente as células cancerígenas sem afectar as células normais.
Acho irónico que possamos pegar numa doença tão séria como a Malária, que mata mais de 200.000 pessoas por ano em zonas endémicas do mundo, e tirar uma pequena componente dessa doença e usá-la para destruir outra doença horrível.»
A descoberta feita pelas equipas da Universidade de Copenhaga, na Dinamarca, e da Universidade da Columbia Britânica, no Canadá, foi publicada esta semana no jornal científico Cancer Cell.