Não há anda que nos emocione mais do que a incrível capacidade que a natureza, e os seus seres, tem de se adaptar às situações que surgem a cada dia. Já falámos aqui de outros casos, e certamente falaremos de mais no futuro.
A história que lhe trazemos hoje é a de um veado bebé que, tendo sido abandonado pela sua mãe momentos depois de nascer, foi resgatado por um homem que o alimentou e protegeu até que chegasse a altura de o libertar novamente na floresta.
Esta é a história de Darius Sasnauskas e do pequeno veado, que lhe ficou para sempre agradecido. Darius diz na descrição do seu vídeo, que não apoia a captura de animais selvagens para os tornar em animais de estimação, mas que esta situação era especial e por isso não podia deixar o veado indefeso à mercê dos predadores da zona.
Como o vídeo não tem legendas, deixamos-lhe uma tradução livre do mesmo, onde é contada toda a história:
“Numa manhã de primavera, dois veados bebés de cauda branca nasceram no nosso jardim.
Um deles parecia ter uma pata lesionada.
Com a pata magoada, o bebé não conseguia acompanhar o seu irmão e a sua mãe.
O bebé foi abandonado, a mãe deixou-o e não voltou.
Com tantos predadores na zona, a bebé não tinha qualquer chance de sobreviver sozinha.
(Na manhã seguinte)
Os meus animais de estimação não estavam muito contentes com o novo residente.
A pata não estava partida, mas claramente tinha algum problema.
Fizemos lhe um gesso com uma caixa de flocos de aveia.
Como ela aprendeu rapidamente a beber leite do biberão!
Ela era alimentada a cada quatro horas.
Ela tinha um excelente apetite!
Os seus guardas estavam sempre por perto.
Ela ganhava mais força a cada dia.
Nós precisávamos de encontrar a sua mãe.
E algo extraordinário aconteceu!
O bebé conseguiu encontrar a mãe?
Bem, ela não encontrou a mãe, mas o Mack estava mais do que satisfeito em ser o seu pai adotivo.
Ele foi um excelente pai, sempre atento e nunca a deixava fugir.
O Mack foi uma ajuda preciosa a alimentá-la.
Pacientemente a vigiá-la enquanto ela dormia.
Protegendo-a.
Eles adoravam-se, mas nós tínhamos de encontrar a sua mãe.
O bebé parecia mais forte, era altura de encontrar a sua mãe.
“Esta tarde vou tentar encontrar alguns veados, mamãs veados que possam estar à procura de crias, porque esta é a época de nascimentos e há muitos predadores por aqui por isso pode haver alguma mãe à procura de um bebé e eu vou tentar dar-lhe a cria que tenho para ela a adotar. Se tivermos a sorte de encontrar uma.”
“Vou tentar libertar o nosso bebé no campo e ver o que acontece. Espero que uma das mães, ou até mesmo a sua mãe verdadeira, apareça. Porque ela está por aqui, se ela teve bebé. [O bebé veado] já está habituado a mim e segue-me para todo o lado, mas nada substitui uma mãe verdadeira.”
“Nesta caixa, ela está sentada um bocadinho apertada, mas eu pus uma das minhas camisas, a sua camisa preferida, ela gosta mesmo desta camisa e eu não a quero magoar para se levantar.”
“Ela está a comer as minhas roupas, mais ou menos, eu não quero mexer-me muito rápido. Estou a ver o grupo de veados a vir, eles estão a vir na nossa direção.”
“Isto não vai funcionar. Ela está a seguir-me e os outros veados estão a olhar como quem diz “O que raio se está a passar?” E aqui está ela atrás de mim.”
Sem sorte esta noite. Todas as tarde continuei à procura da mãe do veado.
Finalmente numa das tardes a mãe apareceu e nós conseguimos que a cria fosse até ela, infelizmente eu não tinha a câmara comigo.
Uns meses mais tarde voltámos a vê-los, a crescer tão depressa.
Fica bem veadinho!”